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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Brotherhood – Prólogo


História inspirada no jogo D&D Forgotten Realms 3.5
Jogo Narrado por Rico Basileu
Texto adaptado e escrito por Guito Araujo e Jeison Costa


Este jogo será construído com base nas regras do D&D 3.5, será ambientado em Forgotten Realms, mais precisamente em Cormyr. A história narra um conto, uma aventura de um grupo de heróis (todos humanos) das terras de Cormyr que tentam desvendar uma série de assassinatos que estão ocorrendo no reino.
O grupo de jogadores é composto por Rico Basileu (Mestre), Guito Araujo (Paladino), Renato Pacheco (Mago), Bruno (Bardo), Jeison Costa (Ranger) e Philip (Clérigo).
Será que os heróis de Cormyr conseguirão desvendar quem está por trás
destes assassinatos?



O dia amanheceu frio e silencioso, um presságio de tempos ruins. Acho que dormi mais do que devia. Os fracos raios solares entravam pelas frestas das janelas de meu quarto. Eu abri a porta que leva a varanda e caminhei até a sacada. De onde eu estava era possível ver a majestosa Suzail com seus jardins, praças e ruas que terminam em um imponente castelo, assim como rios que deságuam no esplendoroso mar. Durante alguns segundos tudo parecia normal. Mas, antes que pudesse me acostumar com a calmaria, percebi que um homem se dirigia velozmente a cavalo em direção ao castelo e já sabendo que o presságio se cumpriria, resolvi descer e ver de que se tratava tamanha pressa em alcançar o castelo. Quando cheguei ao pátio, a guarda dos portões interpelava o homem que gesticulava e falava algo sobre um cavaleiro.

...Acalme-se homem, acalme-se! Diga o que aconteceu ao cavaleiro?
Sir. Ilbreth está morto, deixem-me falar isso a ele. Seu filho lhe enviou uma mensagem...
Senhor Vangerdahast?! A guarda o saúda senhor. Este homem afirma que Sir. Ilbreth está morto e diz ter uma mensagem do filho do cavaleiro pra ti meu lorde.
Deixe-o falar e que ele seja claro como as águas que banham nossas terras.
É verdade senhor, digo que o corpo do cavaleiro foi encontrado nos jardins de sua casa, esta manhã, sem qualquer ferimento aparente. Seus filhos e sua esposa estão de luto profundo. Eis aqui a mensagem que seu filho escreveu.
Que toda a casa Obarskyr e o grande mago de Cormyr saibam por mim, Eloril filho de Ilbreth, que meu pai faleceu por causas naturais ao amanhecer do dia de hoje (dia 7 de Eleasis de 1384 CV). Em nome da amizade que tinham, gostaria de convidá-los a vir ao enterro, que se realizará na manhã do próximo dia nas terras de nossa casa.

 Já não me lembrava mais como era ter lágrimas escorrendo dos olhos por estar emotivo. Confirmei minha presença ao bom homem que trouxe a mensagem, pedi a um dos guardas que lhe desse algo para comer e algumas moedas de cobre pelo favor que prestou ao Reino. Ele acharia pouco se soubesse que Sir. Ilbreth não era apenas um Dragão Púrpura, mas também um dos cinco cavaleiros da guarda pessoal da Princesa Alusair. Em meu quarto não pude mais conter a emoção e derramei ali todas as lágrimas que não poderia derramar frente às muitas pessoas que estariam no enterro. Quando me recompus, já era hora de meu desjejum e como de costume fui até a cozinha do castelo para me alimentar. Enquanto comia, resolvi que a princesa deveria saber do acontecido. Esperei por sua presença no salão do castelo.

Majestade! Como vai seu dia hoje?
Não poderia estar melhor caro amigo. Agrada-me muito um dia frio em meio ao verão. E você, o que o fez me esperar aqui?
Odeio ser o emissário de notícias ruins, mas o fato é grave e muito estranho. Um de seus protetores faleceu esta manhã. Sir. Ilbreth deve estar com Kelemvor agora Majestade.
O que? Não pode ser... Como? Ele me pareceu estranho nos últimos dias que estive com ele, mas não achei que... Pelos deuses, que Tymora traga melhor sorte a sua família agora. Disseram algo sobre o enterro?
Sim Majestade, a família nos enviou uma mensagem.

A Princesa se retirou logo após ler a mensagem. Eu fui ao pátio do castelo, onde por inúmeras vezes estive na presença do nobre cavaleiro. Lembrei-me de momentos de alegria que tivemos, do dia de seu casamento e de quando foi aceito como Dragão Púrpura. Lembrei-me de quão honrado ele era, do prazer que tinha em servir ao reino e a Princesa. Meus pensamentos e lembranças foram interrompidos pelo vento que trazia consigo as primeiras gotas de chuva.
O jantar foi triste e silencioso. A tempestade chegou de madrugada e com ela um medo que crescia em meu coração. Algo me dizia que Sir. Ilbreth era ainda muito vigoroso para falecer assim. Essa dúvida me fez dormir pouco aquela noite e quase me atrasei para sair ao enterro. Somente a Princesa pôde estar presente além de mim e fomos juntos na carruagem, escoltados pelos quatro cavaleiros que restaram da guarda pessoal da Princesa.
Chegando à propriedade do cavaleiro dispensamos as formalidades e entramos como todos os outros. Eu deixei a princesa e seus cavaleiros em uma das muitas tendas armadas por conta da chuva e fui procurar pelo jovem que me escreveu Eloril. Ao encontrá-lo, pedi que me levasse a uma sala mais reservada, para uma breve conversa.

Eloril meu jovem, deixe-me abraçá-lo. Seu pai fará muita falta nas vidas de todos nós. A casa Obarskyr manda flores e se desculpa pela ausência, ainda que representada pela Princesa.
Caro amigo e sábio Vangerdahast, diga-me que não é verdade, diga-me que aquele homem estirado, rodeado de flores sobre o mármore não é meu pai. Como pode um homem forte como um troll morrer assim?
Então você desconfia de algo Eloril? Desconfia de alguém?
Não, mas meu pai vinha agindo de maneira estranha, como se algo estivesse acontecendo, algo que só ele sabia. Por mais de uma vez eu o peguei com o pensamento longe, sussurrando palavras ao vento.
A Princesa também notou isso, mas ninguém imaginou o que poderia acontecer. Seu pai poderia estar passando por problemas que não quis dividir conosco, por algum motivo. Você pode me levar até os jardins onde ele foi encontrado?
Claro, vamos até lá.

O local era um pouco afastado da casa e desprovido de segurança. Repleto de plantas e árvores baixas. Um ladino habilidoso poderia facilmente se camuflar ali. Não encontrei nada que pudesse me fazer crer em um assassinato, mas continuei achando estranha a morte de Sir. Ilbreth.
O enterro começou e logo as pessoas mais distantes foram indo embora. Ficaram apenas os familiares, o grupo de heróis e amigos de Eloril, a Princesa e os quatro cavaleiros que restaram de sua guarda. Todos estavam obviamente tristes, mas o olhar de Eloril era diferente, pois com a morte de seu irmão mais velho anos atrás, o sonho de Sir. Ilbreth era ver Eloril se tornar um alto sacerdote de Lathander, divindade que sempre foi amada por todos de sua família.
O grupo de heróis amigos do jovem clérigo Eloril era composto pelo paladino Ethildor, o ranger Ethelgard, O mago Eladur e o bardo Laucian. Amigos de longa data e merecedores de muito respeito.  Vou falar um pouco mais sobre eles...

FIM DO PRÓLOGO

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